“...descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque,de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar.” (O Caçador De Pipas – Khaled Hosseini )
Sempre é mais fácil pensar antes de agir ou antes de falar , porém não sei ao certo a razão, simplesmente falamos, simplesmente não medimos a real extensão de nossos atos. E desse jeito cometemos erros e na maioria das vezes magoamos a quem não queremos.
Por mais que se use de toda a cautela, em algum momento falharemos, erraremos e magoaremos alguém, é a cina do Ser Humano: magoar ou decepcionar quem espera coisas boas de nós.
Com o personagem do livro descrito na citação acima, aprendi grandes lições sobre erros passados e como “conserta-los”. Uma delas é que dependendo da intensidade do fato não será possível repara-lo e nem ao menos justifica-lo com outra ação. Por mais que se tente não haverá uma ação que colocara ambas em igualdade; Não sabemos a intensidade da magoa existente e assim não se poderá saber o quanto será necessário o para igualar. Aprendi também que apesar de dificilmente conseguir reparar as coisas, isso não impede de “tentar”.
O “tentar” que digo, não deve ficar restrito em palavras, afinal, palavras sem ações são nulas. Penso que quando quisermos mudar algo ou buscar perdão por alguma ação, devemos agir e demonstrar com atos, pois só assim se percebe um verdadeiro arrependimento e uma verdadeira mudança.
O personagem Amir recebeu uma ligação e a voz do outro lado disse: “ - Há um jeito de voltar a ser bom”. Por realmente querer se redimir de seu atos passados não pensou duas vezes e embarcou em direção da redenção.
O que quero exemplificar é que ficamos nos lamentando e tentando esconder nosso erros ao fingir que não nos importamos com ele, e assim deixamos escapar as chances de “voltar a ser bom”. Por não encarar os nossos atos acabamos carregando uma culpa para o resto da vida; e apesar de acharmos que a enterramos, mais cedo ou mais tarde o passado volta a nos assombrar.
A vida sempre nos da uma chance de “voltar a ser bom” ou ao menos tentar, na maioria das vezes fingimos não notar esta chance, à deixamos passar por medo de tentar , se redimir e/ou se frustrar.
Cabe a cada um escolher se quer viver com o fato de ter tido medo de falhar ou com no mínimo a sensação de ter tentado correndo o risco de conseguir.